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Audiência pública deve discutir alimentação saudável nas escolas

Comissão de Educação da Assembleia Legislativa se reuniu com Conselho de Nutrição para garantir melhorias para a merenda escolar

 

Foto: Lucas Almeida/SupCom ALE-RR

 

A Comissão de Educação, Desporto e Lazer, da Assembleia Legislativa do Estado de Roraima (ALE-RR) recebeu, nesta quinta-feira (25), representantes dos conselhos Estadual e Regional de Nutricionistas, para tratar sobre a melhoria da merenda escolar. Foi definida a realização de uma audiência pública, para discutir a inserção de profissionais da área nas escolas para acompanhar a qualidade da alimentação servida. A data da audiência ainda será definida e deve ocorrer neste ano.

A audiência pública é o primeiro passo, seguido de uma minuta do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) para que a Assembleia Legislativa transforme em lei a obrigatoriedade da presença do nutricionista nas escolas, para acompanhar o processo da alimentação servida ou comercializada para crianças e adolescentes nas instituições de ensino públicas ou privadas.

Segundo a presidente da comissão, deputada Lenir Rodrigues (PPS), a campanha pretende educar a população, desde a infância, a consumir uma alimentação saudável. “Vamos primeiro discutir com a sociedade, nutricionistas e com o Legislativo para depois recebermos essa minuta. Estaremos lutando para que os nutricionistas sejam uma presença viva nas escolas, para combatermos a obesidade, que tem um grau alto no mundo, prejudicando a saúde da população infanto-juvenil e, posteriormente, a vida adulta”, disse Lenir.

A coordenadora técnica do Conselho Regional de Nutricionistas (CRN) – 7ª Região, Lelys Nunes, disse que a entidade, sediada em Belém (PA), veio a Roraima buscar o apoio político para a implantação desta lei, já em vigor em outros estados. “O alto índice de obesidade é alarmante no mundo todo. Nossa meta é reduzir esse índice com hábitos alimentares saudáveis. A redução da obesidade é uma questão de responsabilidade social”, explicou.

Conforme ela, a alimentação servida nas escolas é um contrassenso à lógica da saúde e do bem-estar social. “O que a gente vê hoje é que as crianças tomam nas escolas sucos de caixinha e salgadinhos industrializados, hábitos alimentares errôneos. O profissional que domina essa prática para ensinar a comer melhor é o nutricionista.”, ressaltou Lylis.

A presidente da Associação Regional de Nutrição, Liana Macedo, lembrou que as doenças cardiovasculares são as que mais matam no mundo, seguidas por câncer, diabetes e hipertensão. “Tudo isso é resultado do estilo de vida que a pessoa leva durante a vida, e a alimentação está inserida neste processo”.

Todo esse esforço concentrado, em longo prazo, trará resultados benefícios significativos para o sistema de saúde, como redução de custos. Há também, neste contexto, a valorização dos alimentos in natura e minimamente processados, e a valorização profissional do nutricionista, com geração de novos concursos.

 

MARILENA FREITAS

SupCom ALE-RR

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