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INTOLERÂNCIA – Roraima é o estado mais perigoso para população LGBT

Documentário “Intolerância que Mata” estreia na TV Assembleia, mostrando as dificuldades de quem precisa conviver com o preconceito e o isolamento social

Foto: SupCom ALE-RR

Proporcionalmente, Roraima é o estado mais perigoso para a população LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais ou Transgêneros), conforme levantamento do grupo Gay da Bahia (ONG GGB) em 2016. Diante dos dados alarmantes, a TV Assembleia produziu um documentário, que estreia nesta quinta-feira (30), para que a população tenha conhecimento dessa realidade ainda pouco discutida.

As principais vítimas de homicídio são os homens gays (59%) e travestis (35%). Conforme o relatório, estes crimes de ódio sequer são caracterizados como motivados por homofobia, e na maioria das vezes chegam às estatísticas como crimes comuns como o latrocínio, mesmo quando há características que apontam para a homofobia.

O agricultor Francisco Sales, aos 71 anos de idade, nunca tinha ouvido falar da palavra transexual, e foi pela convivência com a filha Kelly Sales, que fez a transição de gênero, que ele passou a entender do que se trata e viu que não é nenhum bicho de sete cabeças. “Ao saber que a minha filha tinha passado por preconceito e até humilhação, doeu meu coração. Prometi que nunca deixaria que a intolerância fosse maior que o amor que tenho por ela”.

Por conta do preconceito e da falta de oportunidades, Kelly deixou de lado o sonho de ser professora de crianças e teve de virar cabeleireira, uma das poucas profissões que acolhe as pessoas trans. Ela diz que até procurou empregos, mas diante de tantos exemplos de preconceito e intolerância, esbarrou no próprio medo. “Tinha medo do preconceito dos pais das crianças, aquilo foi me bloqueando e me fechando, até que desisti da ideia”.

Mesmo assim ela não se calou e para defender os direitos das pessoas que passam pela mesma situação, passou a presidir aAssociação de TravestisTransexuais e Transgêneros do Estado de Roraima (Aterr).

DOCUMENTÁRIO – Os detalhes sobre esta e outras histórias podem ser conferidos no documentário que estreia nesta quinta-feira (30) na programação da TV Assembleia, no canal 57.3. A produção será exibida diariamente, às 13h, 18h40 e 21h45. O material mostra depoimentos de quem precisa conviver com a falta de políticas públicas de proteção, preconceito e o isolamento social.

VANESSA BRITO

SupCom ALE-RR

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