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Flamarion Portela pede apoio para barrar novo reajuste da tarifa de energia 

O anúncio de mais 35,26% na tarifa de energia elétrica para os consumidores do Estado de Roraima motivou o deputado Flamarion Portela (PDT) a tecer duras críticas ao Governo Federal, e a pedir à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado de Roraima (ALERR), bem como aos demais parlamentares e partidos políticos, que utilizem os instrumentos políticos e jurídicos para barrar esse novo reajuste. Portela foi enfático ao dizer que não existe justificativa para esse aumento exorbitante, uma vez que a própria inflação deste ano é de 3,5%, dez vezes menor ao que está sendo proposto.

“Se fizermos uma retrospectiva, a um ano e meio tivemos um reajuste de 41%. Se considerarmos os dois reajustes, a sociedade roraimense está pagando quase 80% de aumento na conta de energia. Quero conclamar a Assembleia para fazer algum movimento para coibir esse reajuste. A sociedade, com certeza, vai agradecer a nossa participação nesse evento desastroso do aumento da tarifa de energia”, disse o parlamentar, ao salientar que a energia elétrica e indispensável à vida do homem, pois é fator de desenvolvimento, prosperidade e progresso.

Flamarion Portela lembrou que o presidente da República, Michel Temer (PMDB), já podou duas vezes o reajuste do salário mínimo que entrará em vigor a partir de janeiro de 2018, que inicialmente foi aprovado a Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) para ser R$ 979,00, passando em seguida para R$ 969,00 e finalmente fixado, com valor mais baixo, em R$ 965,00.

“O cidadão, a partir de janeiro, vai ganhar muito menos e a sua conta de luz vai estar exorbitantemente acima. E o aumento dos servidores federais que seria também em janeiro de 2018, foi barrado por meio de uma medida provisória passando para janeiro de 2019. E o reajuste programado para 2019 foi transferido para 2020. Temer ficará até o final de 2018, mas simplesmente está fazendo coisas para 2020. Isso é uma perversidade muito grande”, criticou Flamarion.

O deputado Brito Bezerra (PP) classificou o reajuste como sendo um “estupro econômico” ao bolso do povo de Roraima. “É impossível, impagável esses aumentos tarifários de energia elétrica”, afirmou. Brito também reagiu com veemência à opinião da direção da Eletrobras Distribuição Roraima, durante uma reunião em que o Governo do Estado anunciava alternativas energéticas para a região.

“Entristece-me ver a Eletrobras dizer que está feliz porque Roraima é o único Estado da Federação que tem um parque de energia termelétrica, que é a mais cara e mais poluente do mundo, que supre 100% da necessidade do Estado”, complementou Brito. Ele fez uma breve análise da economia brasileira para dizer que o reajuste não é compatível com o poder de compra do trabalhador roraimense, seja ele do setor público ou privado. Ressaltou que Temer não passará o aumento de 4,5% aos servidores por falta de recursos.

“E como é que o consumidor vai suportar um aumento de 35%? Não suportamos esse aumento! Quero me juntar a vossa excelência e peço ao deputado Jalser Renier (SD) que juntos tomemos uma providência jurídica. A população, hoje no rádio, estava falando em sair às ruas e apedrejar prédios públicos e quebrar as instituições públicas, sejam elas do governo, município, Tribunal de Contas, o Ministério Público. A sociedade está clamando por justiça porque não pode pagar esse absurdo”, contou, ao anunciar que o Governo do Estado já se manifestou por meio da Casa Civil sobre as providências jurídicas contra reajuste.

Marilena Freitas

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