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Lei Maria da Penha é tema de palestra para funcionários de empresa privada

Em um ambiente onde a presença masculina predomina, a Procuradoria Especial da Mulher, da Assembleia Legislativa de Roraima, em alusão a Semana da Mulher realizou na manhã desta sexta-feira (9), na empresa Brasmol, no bairro São Vicente, uma palestra sobre violência doméstica e familiar a cerca de 50 funcionários entre vendedores, auxiliares, repositores, financeiro e recepção.

O auxiliar de estoque Alessandro Ambrósio chegou cedo e sentou na primeira fileira do auditório para acompanhar a palestra proferida pela procuradora adjunta Especial da Mulher, Sara Patrícia Farias. Ele contou que a divulgação das informações pertinentes a Lei Maria da Penha contribui para o fim da violência doméstica. “Esse trabalho é importante nas escolas, nas empresas, para que os homens coloquem a cabeça no lugar e aceitem que os direitos são iguais”, disse.

Segundo a recepcionista Priscila Tavares Ramos, na empresa o quadro de funcionários é composto, em maioria, por homens, principalmente nas áreas de estocagem, marcenaria, entre outros. Lamentou que mesmo a sociedade trabalhando na disseminação de informações, agressões e o feminicídio ainda continuam nos noticiários em todo o Brasil.

“É muito importante trazer essas informações, não somente às mulheres, mas para os homens também, trabalhar os direitos que as mulheres têm e os deveres também. Essa ação é muito importante, muito legal e espero que continue levando às empresas, às escolas”, e mesmo assim, declarou Priscila, há homens que ainda não acham interessantes participarem das palestras.

Durante a palestra, a procuradora adjunta, Sara Patrícia Farias, apresentou aos convidados a origem da Lei Maria da Penha, como as mulheres eram vistas pela legislação no passado e os direitos delas hoje perante a sociedade. “Contudo, esta lei ainda está fragmentada, principalmente pelo machismo e dominação masculina. Se faz necessário sim levar essa temática, levar essa pauta importante a toda a comunidade”, complementou.

Contou ainda que a sociedade é responsável pela efetivação da lei e que a Procuradoria realiza diversas campanhas e ações para envolver os homens na luta pelo fim da violência contra a mulher. “Segundo estudos, a Lei só terá o efeito esperado daqui a 80 anos, mas nós podemos antecipar isso se cumprirmos tudo direito”, explicou Sara.

A programação se estendeu a mais duas instituições em Boa Vista, na escola estadual Vanda da Silva Pinto, localizada no bairro Santa Luzia, zona Oeste de Boa Vista, e no Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazaré, bairro São Francisco, zona Leste.

Por Yasmin Guedes

SupCom/ALE-RR

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